NÃO HÁ VERDADES ABSOLUTAS

                                              Idéias antigas com cara nova

Neste mundo de contradições, vamos todos imaginar que somos bolas de bilhar, todos com a mesma forma, superfície lisa e brilhante, apenas diferentes quanto à cor e aos símbolos que carregamos.

Mas no fundo somos apenas bolas de bilhar, que tanto podem ir para um lado como para outro, errando lançamentos, ou apenas descansando calmamente no pano verde. Somos todos bolinhas coloridas, mas no fundo, iguais. Será mesmo assim???

Este assunto surge no seguimento da leitura de um tema controverso; a Eugenia. Foi um termo criado por Francis Galton, que passo a citar: " estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente."

Por outras palavras, seleção genética humana. A discussão aberta deste assunto se tornou mais difícil depois de ter sido o tema forte do Nazismo, e como tal, virou Tabu pra sociedade. Mais ou menos do tipo - se a gente não falar do assunto, ele desaparece por si só.
E não é bem assim.

Se formos honestos o suficiente para ver e falar, veremos que o nosso dia a dia está povoado de seleções do melhor. E não é nada de novo, apesar da "teoria ter sido "formada" nos finais do século XIX. Começou bem antes.

O filosofo grego Platão, na sua obra República, falava sobre os benefícios da seleção humana, citando por alto Esparta, que já praticava um tipo de seleção, na escolha dos recem-nascidos mais aptos. Uma seleção cruel, mas que foi usada durante muito tempo.
Podemos falar de outros tipos de seleção que não só sejam físicas, podemos falar dos povos escolhidos por deus, sejam de que religião seja. cada qual reclamando para si o direito de ser a única e verdadeira fé. E foram matando, destruindo tudo o que não fizesse parte do clube dos escolhidos. E não faz muito tempo, isso aconteceu, com a destruição dos milenares Budas no Afeganistan, por ordem de extremistas islâmicos.

Hoje, a seleção embora velada existe, seja no aprimoramento de sementes mais resistentes às pragas, seja na propaganda de um modelo tipo de corpo humano, na uniformização de mercados mundiais, na massificação de meios culturais tomados como únicos e aceitáveis.

Operações plásticas, magros, belos e jovens. Culturas geneticamente modificadas,para produzir mais e melhor,moda, livros de como ser melhor, mais ativo, mais agressivo. Sim, o mundo é de quem se atira de cabeça, de quem mostra as garras. Trabalhar mais e melhor, ataques cardíacos com 30 e poucos anos... este é o nosso mundo.

Na tentativa de ser e parecer melhor, perdemos anos incrivelmente preciosos da nossa vida. E isso não significa que vivemos melhor, com mais qualidade. Até bem pouco tempo, os médicos alertavam para que seus pacientes tivessem o peso correto. Hoje um estudo efetuado por mais de 15 anos, chegou à conclusão que até é benéfico uns quilinhos há mais, que essas gordurinhas são um ajudante contra alguns tipo de cancêr. Vai entender....

O que realmente interessa é isto:


Não falar de um assunto, não o faz desaparecer, só faz com que o monstro se torne maior.


Somos modernos demais, mas com cabeças velhas, e não nos permitimos evoluir para melhor.


Embora sejamos todos bolas de bilhar, somos todos diferentes e iguais em proporções iguais.

Que embora este ano seja um livro ainda por escrever, seria sensato começar a colocar nele pequenas ideias novas, sem mascarar de velhas teorias.

Em vez de querer parecer melhor e mais bonito, que tal ter como uma das suas prioridades neste Ano Novo, ler mais, falar mais e ser mais você mesmo??

Que tal mudar um pouco?

fonte: internet, penélope de kvar